quarta-feira, abril 16, 2008

Valencia Campeón!

O Valencia ganhou hoje a copa del rei....ta giro. o que não esta tão giro é o facto de eu viver exactamente em frente ao mestalla e trabalhar amanahã ás 8h!

Isto faz-me pensar, se eu disser "escroto" será suficientemente bom/engraçado para poder terminar já este post?! não me parece...parece-me que este blog necessita de uma rasgo de genialidade, mas o que?! A partir do momento em que a palavra "escroto" não chega a fasquia torna-se demasiado alta.

Rasgos de genialidade...o que é isso afinal?! Eu acho que há vários tipos de rasgo (de genialidade) os verbais e os fisicos (quer expressões, quer movimentos no momento certo).

Será a libertação de um gás no momento certo um rasgo de genialidade?
Exemplo: na celebração de uma missa, num momentos de reflexão apenas escutar-se um pppppppprrrrrruuuuuubbbbbbb....eu acho isto inconvenientemente genial!

Ou será que genialidade é isto:

Estrela da Tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!


José Carlos Ary dos Santos


Viva Á NOSSA (portuguesa) genialidade!

1 comentário:

Penedo disse...

Genial.