A Minha Fruteira

O outro dia estava a comer o meu pequeno almoço enquanto escutava o que se passava no mundo naquela manha.Lá pelo noticiario dizia-se que Inglaterra esta a passar uma crise de indentidade e valores (Se é que alguma vez tiveram isso...) com a corrente chegada de emigrantes aos milhares vindos de todas as partes do mundo pelas mais diversas razões. Concluiram a peça jornalistica dizendo que cada vez mais a cultura de um pais se perderá, dando lugar a uma cultura que é de todos e não é de ninguem, resultante de uma mistura de costumes e tradições.
Nada chocado com isso, pois isso vê-se cada vez mais em todas os sitios e lugares, até porque já começo a “gostar” e a achar piada, começando a não ligar nenhuma ás proveniencias dos meus vizinhos, em que a Mulher/ mãe/ esposa usa elegantemente uma Burka imaculadamente engomada e limpa. ( quando digo não ligar nenhuma quero dizer não ficar estarrecido a olhar para a mulher como fiquei mais que uma vez...como digno proveniente de uma aldeia em portugal e com a ideia que pessoas usando aqueles trajes só existem detro da televisão e não na vida real)
O que é que isto tem a ver com a minha fruteira? Tudo e mais alguma coisa, olhando atentamente para ela, podemos ver que toda uma cultura mundial esta concentrada naquele pequeno cesto nas nossas cozinhas; as bananas são do equador, a laranja é de espanha, as maças são do Paquistão, a pera abacate é de Marrocos, as pêras de Israel, as uvas são da Grecia e os Kiwis fizeram uma longa viajem desde o Chile ate minha casa,etc... O engraçado é que todas vivem hamoniosamente e não parecem chatear-se muito umas com as outras tal como as meus vizinhos e eu, se eles podem parecer estranhos para nós, nos igualmente seremos uns estranhos para eles, imaginem o que deve ser para aquele pessoal entender que eu saí do meus pais para estudar uma corneta, pagar propinas mostruosas, levar constantemente com desportos tipo Cricket e ter deixado aquele cantinho á beira mar plantado para viver numa cidade que é um vendaval constante que cheira mal e suja.
Acabo este Post dizendo que gosto cada vez mais desta mistura e quando temos a sorte de conviver com estas pessoas( o que infelizmente não pode acontecer com a senhora da burka por questoes religiosas e culturais, o que adorava poder ter um jantar com essas pessoas, por muito criticavel que seja a opção de vida deles e a aplicação da religião na rotina diaria) apredemos que o mundo não acaba no fim da nossa rua, e que o que para nós faz sentido, para muitos não faz, e o que fazemos ou seguimos, nem está certo nem errado, simplesmente só faz sentido para nós, e isso é o que devemos preservar!